segunda-feira, 22 de outubro de 2012

EMPREGOS: 1.609 VAGAS FECHADAS NO CAMPO


A redução da produtividade é uma realidade em todos os municípios percorridos pela Anorc e Faern, nos últimos meses. Em setembro, os dirigentes da Anorc, por exemplo, fizeram um trajeto de Lajes a Caicó e identificaram, ouvindo as associações e pecuaristas, que a produção de leite deverá cair entre 30% e 60%, até o final do ano. Essa retração já produziu efeitos negativos no mapa do emprego, no sertão potiguar. Entre janeiro e julho deste ano, 1.609 postos de trabalho foram fechados no RN. Isso somente, na agropecuária.
Os dados são do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O mapa da evolução do emprego mostra que, na atividade agropecuária, há um grande descompasso: no ano, o setor contratou 4.357 pessoas e demitiu 5.966 - uma retração de 10,95%, em relação a dezembro de 2011. "O setor está mais pobre, está demitindo e não pode contratar no mesmo ritmo", afirmou o presidente da Faern, José Álvares Vieira.
A produtividade da Associação dos Pequenos Agropecuaristas do Sertão de Angicos (Apasa) caiu significativamente. Dados repassados à Anorc mostram que o número de fornecedores de leite caiu de 961, em 31 de dezembro de 2011, para 350, no mês passado. Em Caicó, uma das queijeiras recebia 2.300 litros de leite em dezembro do ano passado e agora está recebendo 750 litros. Com menos produção, há redução de postos de trabalho.
Segundo a Anorc, a Apasa não chegou a apresentar um número de demissões. No Rio Grande do Norte, de acordo com o Censo 2010, do IBGE, existem 26 mil fazendas produtoras de leite de gado no Estado e outras 700 que produzem leite de cabra.  "A Apasa tem um trabalho muito bem feito de agregar os produtores, mas devido a ação da seca boa parte deles não produz mais", afirmou o presidente da Anorc, José Teixeira Júnior.

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