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Oitavo
EnconASA. Para muitos/as a primeira vez de estar junto a todo o POVO do
Semiárido e poder fazer ouvir em uníssono “É no semiárido que a vida
pulsa! É no semiárido que o povo resiste!” descrevendo este sentimento
de estarmos unidos/as para um bem comum que é a melhoria de vida digna
de povo que sempre foi esquecido. Para outros/as a confirmação de que
este Povo tem força e que jamais será derrotado! “A alegria de estar no Encontro Nacional da ASA é a excelência de confirmar uma graduação, receber o diploma” disse assim o poeta Gildo. E foi nesse embalo do povo sergipano que 29 pessoas seguiram rumo a Januária/MG para receber esse diploma e reacender a chama de que podemos sempre estar unidos e poder dizer que através da ASA foram quebradas as “algemas” e que “olhos foram abertos para o entendimento”. Os/as sergipanos/as que foram representando o nosso estado mostraram a imensa alegria em cada rosto, que no ritmo do embalo de uma canção da banda sergipana Naurêa, que veio confirmar toda a diversidade de povo que acredita que o amanhã sempre poderá ser melhor, dizendo assim: “Minha menina, estrela matutina, brinco sem dinheiro. Como é bom ser brasileiro, minha menina, estrela matutina. Vivo só brincando, como é sergipano, difícil não foi não aprender essas estrofes, porque quando queremos, podemos fazer ecoar essas estrofes nas ruas de Januária. E Sergipe, por ser pequeno, mas não ser pedaço, conseguiu se destacar no Oitava EnconASA que continuava a pulsar”. E esse povo todo junto parecia apenas um. Esse povo chamado ASA - Articulação do Semi-Árido que a cada dia consegue chegar a cada pessoa por mais longe que ela esteja, os/as animadores/as que o digam!!! E como Januária estava de braços abertos para nos receber, a delegação de Sergipe fez a diferença. Maria Aparecida Amado (Cidinha) usou a comunicação para divulgar as riquezas do nosso sertão; Netinha, que já foi para outros EnconASAs e não quer deixar de ir para nenhum mais, esteve sempre levando a sua alegria e, claro, os doces da tão amada Associação de Mulheres Resgatando a sua História em Lagoa da Volta, que foi uma das experiências exitosas apresentada no encontro por ela e Bayne; a Bayne ama estar com os/as agricultores/as e lógico trocar saberes com os/as mesmas/as; Maria Aparecida (Nega) que com os seu sorriso contagiante e animador não deixava ninguém ficar parado. Era preciso muitas vezes desligar essa menina, eita energia; Gizelia tem o seu jeitinho quieto, mas quando abre a boca tem sempre uma palavra sábia para nos confortar; Sirley é a mais nova integrante da ASA Sergipe, mas com uma alegria que contagia a todos/as; Dona Edileuza, eita mulher ativa, nunca está cansada e sempre pronta para ajudar; Alba sempre quieta, mas o seu olhar, se observarmos direito, podermos vê que o seu sentimento é de muita alegria; Maria José é mulher participativa que gosta mesmo é de estar na frente do povo; Dona Josefa, mulher da roça, como a mesma sempre diz, antes tinha a cara de pobreza e o seu rosto é feliz e nós emanados/as pela sua canção de 112 estrofes que fez todos/as do semiárido cantar em uma só voz, “Mulher da roça, Mulher da Roça, pele queimada, cabelo seco e mão grossa”; Angelita com o seu jeito quietinho, mas na barraca de Sergipe foi um destaque como vendedora; Carla que veio para caminhar e com o seu carinho alegrar; Elis sempre a gritar “O Pessoal...” e todos/as alegrem respondiam “oi...” esse era o chamado para certificar que toda a delegação de Sergipe estava junta; e o Seu Alcides sempre quieto, mas muito feliz de estar vivendo esta emoção; Manoel Rodrigues, nosso poeta, que pulando de um pé só foi destaque até no Facebook; Ireno, que foi chamado até de seu “Cireno”, foi relutante pra vestir a camisa rosa, mas quando vestiu não queria tirar mais; Manoel José, alegre que só, o seu sorriso ecoava e todos/as contagiava; Seu Valdir, esse falou pouco, mas sabemos que pra ele a experiência foi única; Carlos Soares (Seu Carlinhos), o mais veterano dos EnconASAs, todos/as queriam tirar foto dele; já Gelson, esse vivia tirando fotos de todos/as; José Nobre, esse anotava tudo e quando a fila do povo abriu, ele com certeza ai falar...; Antônio Francisco (Mestre Tonho) com a sua arte, o artesão que vai mudar por uns dias de profissão, passando a ser professor para ensinar os/as meninos/as das Minas com amor; Antônio Ramos (Tonho) com seu caminhar faceiro sempre pontual nunca se atrasava afinal; Matias esse calado e faceiro queria sempre ser o primeiro; Cicero Borges de Araújo, esse é o nome dele, ele que gosta sempre de ser chamado por seu nome inteiro; Eduardo tocava, pulava e até cantava para o povo do Semiárido; Lício Valério, esse é uma figura que adentrou a nossa delegação e até parece que já é ASA de coração; Gildo, esse apresado e andarilho deixou a delegação em uma situação com um aperto no coração por causa da compra de cartão; Valdecir foi o ultimo a se agregar, com o seu jeito carioca de andar, chegou a Januária para se arrepiar e se emocionar. E foi nessa emoção que saíram todos/as de Sergipe, no dia 17 de novembro, e retornamos no dia 24 de novembro. A alegria de termos passado esses dias é inscritível, as emoções foram muitas. Mas tudo estava meio que sintonizado, e os dias que juntos/as seguíamos era como se já fosse o último. Foram oito dias juntos/as que foram os mais rápidos de nossas vidas, foi tudo tão contagiante que nem sentimos o tempo passar e olha que nem estávamos no horário de Deus. Mas, enfim, partimos e chegamos! Entre paradas e caminhadas, o resultado de termos ido para Oitavo EnconASA está dentro de cada um de nós que muitas vezes ainda nos pegamos pensando em uma fala, em um jeito que algum de nós por ora fizemos. Esse sentimento é muito bom! Sergipe vive na luta com muita resistência, construindo um Semiárido para melhor, com convivência. |
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Retratos de um Encontro
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