segunda-feira, 4 de março de 2013

Congresso debate desafios para o movimento sindical


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Desafios e alternativas para a Organização Sindical do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) na consolidação do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS) é o tema da segunda conferência no dia 5 de março, às 10h, no 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A professora Socorro Silva, da Universidade Federal de Campina Grande, da Paraíba, e colabora da Escola Nacional de Formação da CONTAG (ENFOC), será a conferencista, que vai trazer a sua experiência nesse processo, aliada a uma convivência forte com a organização sindical. Socorro não apenas desafiará os congressistas, como também os subsidiará com elementos que possam orientá-los em busca de solução aos desafios apresentados.

O secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Juraci Souto, será o coordenador dos trabalhos desta conferência. Para ele, é importante reconhecer que o cenário hoje, após 11 anos promovendo congressos, obriga o MSTTR a realizar uma reflexão profunda desta trajetória percorrida ao longo de 50 anos da Confederação, que é bastante diferente lá no começo dos anos 60. “A CONTAG é a única entidade na América Latina que tem em seu formato uma diversidade de grupos, de pessoas e de segmentos em toda sua base”, observa.

Juraci adianta que a ENFOC está elaborando uma pesquisa que vai ser aplicada neste congresso para ouvir dos delegados e delegadas como estão enxergando o cenário atual, o que projetam para o futuro e possíveis saídas dentro deste contexto. Ao mesmo tempo, ele garante que a CONTAG é uma organização forte e, portanto, exige iniciativa, criatividade e reflexão sobre os desafios pela frente.
E por falar em desafios, um dos principais para a Confederação é manter a representatividade da categoria profissional entre os segmentos da agricultura familiar e dos assalariados e assalariadas rurais na mesma estrutura. “Existem algumas iniciativas de fora para dentro do movimento sindical que propõem uma dissociação. Sem dúvida, é um grande desafio para a CONTAG e suas 27 Federações fazer com que a atual estrutura continue abrigando ambos, como faz ao longo de 50 anos, de forma que sejam respaldadas suas necessidades pelo MSTTR. Então, não vejo risco de se criar uma nova organização, pois acreditamos em nossa força para superar tais dificuldades, respaldando sempre as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, justifica.

Outro desafio, na opinião de Juraci, que integra a plataforma política da chapa Unidade com a Base na Secretaria de Formação e Organização Sindical da CONTAG, é fortalecer socialmente os Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Ele acredita que uma entidade só é considerada forte se apresentar respaldo em sua base. “No próximo mandato, vamos investir na organização e no fortalecimento dos STTRs. E sempre com a preocupação de criar coisas novas, com adaptações e ajustes ao cenário atual. Assim, aprimoramos os projetos formativo e organizativo, trazemos mais pessoas para as nossas entidades, e tornamos os nossos Sindicatos, Federações e a CONTAG cada vez mais fortes”, completa.



FONTE: Imprensa CONTAG - Luiz Fernando Boaz

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