“Nos últimos
anos, o crescimento da renda nos domicílios rurais foi,
proporcionalmente, maior que o crescimento da renda dos domicílios
urbanos. Muitas pessoas não sabem disso e acham até que é o contrário,
mas, graças às políticas de fortalecimento da agricultura familiar, nós
alcançamos esse marco.” A afirmação foi feita pelo ministro do
Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, na abertura do 11º Congresso
Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (11º CNTTR), na noite
dessa segunda-feira (8), em Brasília. Com atividades programadas até
sexta-feira (8), o evento é promovido pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag).
A edição deste ano tem como tema central o
fortalecimento do movimento sindical para melhorar a qualidade de vida
no campo. Cerca de 2,4 mil delegados de todo o País participaram da
abertura do encontro, que contou com a presença dos representantes das
entidades sindicais do segmento, delegações internacionais, Governo
Federal, governo do Distrito Federal e parlamentares. A presidenta Dilma
Rousseff foi representada pelo ministro-chefe da Secretaria–Geral da
Presidência da República, Gilberto Carvalho.
A participação igualitária de homens e mulheres no
congresso foi ressaltada por Pepe, que garantiu que a paridade será
mantida também na II Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável. “Queremos uma metade de delegados e outra metade de
mulheres.” O ministro citou iniciativas do MDA que tratam igualmente os
gêneros. “Todo tipo de titulação de terra, seja de assentamento da
reforma agrária, seja do crédito fundiário, tem o título concedido em
nome da mulher e do homem. Também teremos o recebimento do
Garantia-Safra no nome da mulher, a partir deste ano”, afirmou.
Linhas de crédito
Em seu discurso, Pepe Vargas destacou o crescimento das
linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf), a expansão do Programa de Garantia de Preços para a
Agricultura Familiar (PGPAF), do Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), além dos
avanços na política de crédito fundiário. “A política de assistência
técnica e extensão rural (Ater) foi recuperada. Quem mais ganha com
essas medidas são os agricultores familiares. Precisamos continuar
combinando esses conjuntos de ações, para que cheguem cada vez mais nos
assentamentos.”
Por último, o ministro falou sobre as políticas
voltadas para a juventude rural. “Nós nos preocupamos com a juventude
rural. Oferecemos linhas de crédito específicas para os jovens e vamos
priorizar a entrega dos lotes vagos para os filhos e filhas de
agricultores familiares, para garantir a permanência dos jovens dos
agricultores rurais. Porque é essa a agricultura que garante nosso
alimento, nossa democracia, que produz não só o alimento como a nossa
diversidade e faz a verdadeira riqueza do nosso País”, definiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário