Foi aprovada no final
do Seminário Internacional sobre Violência no Campo, realizado nesta
segunda-feira (4) durante o 11° Congresso Nacional de
Trabalhadores Rurais, a Carta Aberta titulada “Violência no Meio Rural: A Favor
da Vida e da Paz” que será entregue aos governos da América Latina e às
organizações da sociedade civil. O documento é um instrumento de pressão e de
proposição de políticas públicas que visam diminuir os conflitos no meio rural.
Brasil, Colômbia, Guatemala, Nicarágua, Paraguai e Chile estiveram juntos no
Seminário com o objetivo de aprofundar a discussão sobre a manutenção e o
agravamento da situação de desrespeito e violação aos direitos humanos no meio
rural. (Acesse abaixo o link: Carta Aberta)
Na ocasião, também foi
lançada a 2ª edição do livro Retrato da Repressão Política no Campo –
Brasil 1962-1985 – Camponeses torturados, mortos e desaparecidos. Este livro é
um trabalho de Ana Carneiro e Marta Cioccari, promovido pelo Núcleo de Estudos
Agrários e Desenvolvimento (NEAD) e Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República (SDH)
Com o objetivo de
revelar um cenário de violência, censura e arbitrariedade vivido por muitos
camponeses na época da Ditadura Militar, o livro reúne um vasto material,
composto por relatos de trabalhadores(as) e líderes que sofreram agressões ou
tiveram família e amigos agredidos, sendo complementado por informações
documentais da época. Todo esse material busca contar a história de luta de
trabalhadores e trabalhadoras por seus direitos na terra.
Participaram
do lançamento o deputado federal Padre Ton (PT-RO), membro da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Gilney Viana, coordenador do projeto
“Direito à Memória e à Verdade” da SDH, e José Rodrigues
Sobrinho, fundador da Federação dos Trabalhadores(as) na Agricultura do
Rio Grande do Norte (FETARN), e que foi vítima de violência na ditadura e tem
seu depoimento documentado no livro.
Zé Rodrigues
autografandop
fonte do blog da FETARN
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