sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Incra/RN e Ibama doam lenha e carvão vegetal apreendidos a assentados e comunidades quilombolas

A Superintendência Regional do Incra no Rio Grande do Norte (Incra/RN) recebeu do Ibama cerca de 10 toneladas de lenha e carvão vegetal para serem distribuídos em assentamentos rurais e comunidades quilombolas do estado. Esta é a primeira doação feita por intermédio de uma parceria firmada, este ano, entre as duas instituições. incra ibama1

Foram doadas oito toneladas de lenha a 37 famílias da comunidade quilombola Boa Vista dos Negros, no município de Parelhas, e dois mil quilos de carvão vegetal para 33 famílias do assentamento Pequena Vanessa, em Elói de Souza. As doações ocorreram nesta semana.

De acordo com o Ibama, os produtos apreendidos apresentaram irregularidades ambientais. A partir da abertura de um processo e uma parceria firmada, o material doado ao Incra tem o destino de atender as famílias assistidas pela autarquia agrária, mas apenas para as necessidades domésticas. Tanto a lenha quanto o carvão não podem ser comercializados.

O Incra, por sua vez, desenvolve um trabalho de educação ambiental, por intermédio da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). No Pequena Vanessa, por exemplo, a equipe multidisciplinar do Instituto de Desenvolvimento Econômico (IDE), contratado pelo Incra para prestar assessoria técnica, social e ambiental, realizou uma oficina cujo principal tema se referiu à exploração ilegal e indiscriminada da fabricação de carvão vegetal.

O presidente da Associação de Agricultores e Agricultoras do assentamento, José Fernandes Cruz, elogiou a iniciativa do Incra e do Ibama. Ele cita que o carvão é utilizado na maioria das residências como combustível para cozimento dos alimentos. Lá, cada família recebeu 60 quilos de carvão vegetal, material suficiente para atendê-las por cerca de um mês.

Para a presidente da Associação de Moradores de Boa Vista dos Negros, Joana Maria da Conceição Neta, a doação chegou em boa hora. Ela contou que grande parte das famílias ainda usa lenha para cozinhar. “O gás de cozinha chega caro para nós. Também temos a tradição, desde as nossas avós, de fazer doces e comida de milho em fogão a lenha. Por isso, esse material é bem vindo, porque representa economia para as famílias quilombolas”, afirmou Joana Neta.

Novas doações deverão ser feitas nos assentamentos do Território do Açu/Mossoró.

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