Por Fernando Mineiro Deputado Estadual pelo PT RN
No último sábado foi decretada situação de emergência devido à "estiagem prolongada" em 160 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte. Hoje, 2.032.278 habitantes do nosso estado (63% da população) passam por sérios problemas relacionados ao acesso à água, inclusive para o consumo humano.
E a atual crise hídrica não é consequência apenas da seca decorrente de processos naturais. O iminente colapso no abastecimento d'água em nosso estado é, também, decorrente da seca de gestão, de decisões e escolhas humanas.
A estiagem natural prolongada atingiu duramente a nossa agropecuária, dizimando rebanhos e reduzindo drasticamente a já pouca renda de quem sobrevive das atividades produtivas do setor primário. Além disso, deixou nossos principais reservatórios em situação extremamente crítica, comprometendo o abastecimento d'água em muitas cidades.
A prolongada estiagem administrativa inviabiliza a criação de um Sistema Integrado dos Recursos Hídricos e se mostra incompetente para concluir obras fundamentais para a segurança hídrica da população. Para ficar apenas em dois exemplos, cito a arrastada construção da Adutora do Alto-Oeste e o não início das obras emergenciais do PAC – Seca, cujos recursos estão disponíveis desde o início do ano.
A estiagem prolongada justifica, em parte, o decreto de "situação de emergência" publicado no último sábado. Isso porque, dos 160 municípios ali citados, em 35 as chuvas em 2013 tiveram seus índice pluviométricos classificados como normais (em 27), chuvosos (em 7) ou muito chuvoso (em 1). O que só reforça a idéia de que o buraco de nossa crise hídrica é mais profundo do que alguns poços de onde se tenta tirar água por este nosso Rio Grande afora. E muitas vezes a água é salobra!
A seca é decorrente do processo climático, mas as ações para a convivência com a seca são resultados de ações governamentais.
É preciso que se reafirme: o enfrentamento de nossa permanente crise hídrica, que a cada dia assume proporções maiores, depende da implementação de um eficiente Sistema Integrado de Gestão dos Recursos Hídricos que articule todos os níveis de governo e usuários de nossas águas. E isto não depende da natureza e não cairá dos céus como as chuvas. Ao contrário, depende de políticas públicas, que são consequência das escolhas feitas por cada um de nós aqui na terra.
OPINIÃO DO BLOGUEIRO....
Concordo plenamente com nosso deputado, não porque seja do Partido a qual eu sou filiado e dirigente, mas porque traz uma reflexão extremamente visível, basta trazer a analise, por exemplo, para o nosso município de Jandaíra, onde há várias ruas que o sistema de abastecimento da CAERN não dar conta de atender os consumidores a muito tempo, ou seja, a bem dita água salobra e cara não chega mais. A Prefeitura acaba assumindo uma herança de socorrer as famílias onde não seria seu papel, mas a conta continua chegando ao final de cada mês.
Isso na prática não passa de mal gestão, falta de iniciativa do Governo, onde possa agir e fazer com quer a CAERN possa resolver os problemas que causam a não chegada da água aos moradores(consumidores). Será que quando se justifica, por exemplo, a estiagem que ocasiona a baixa dos poços não teria, por exemplo, dato tempo de se pensar em uma saída? Buscar recursos, apoios e etc poderia ter sido uma delas.
A estiagem tem sido um evento quase que previsível aos estudos, fato este que os governos tem acesso e porque não estudam saídas para problemas como esse que já acontece todas as vezes em que chove abaixo da média? Porque o nosso projeto da Adutora do Boqueirão para Jandaíra não desenrola?
Bom até a ultima informação nos repassada através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos(SEMARH) o projeto seria financiado pelo PAC Seca. Será que ta no bolo da incompetência de Gestão apresentada pelo deputado e companheiro Mineiro?
fonte do blog de jocelino dantas
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