segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

PREFEITOS DAS CIDADES POTIGUARES ONDE ESTÃO LOCALIZADOS OS OITO HOSPITAIS REGIONAIS COM ATÉ 50 LEITOS DE INTERNAÇÃO AFIRMAM NÃO TER CONDIÇÕES DE ASSUMIR AS UNIDADES CASO ELAS VENHAM A SER TRANSFORMADAS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


Os prefeitos das cidades potiguares onde estão localizados os oito hospitais regionais com até 50 leitos de internação afirmam não ter condições de assumir as unidades caso elas venham a ser transformadas em unidades básicas de saúde. Entre as 82 recomendações da Auditoria Operacional (AOP), aprovadas na última quinta-feira (6) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), destinadas à Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), está a de avaliação e conversão de oito hospitais com menos de 50 leitos em unidades de pronto-atendimento, unidades básicas, salas de estabilização ou outro formatos de atendimento.

Alguns municípios, segundo relato dos prefeitos, já estão assumindo as responsabilidades quanto aos atendimentos de atenção básica. O prefeito de Acari, Isaias Cabral, afirma que se a Sesap decidisse pelo fechamento do hospital regional do município, as cidades vizinhas é que teriam uma “perda enorme”. Cabral afirma que o atendimento básico de Acari possui 5 unidades de saúde da família e uma maternidade filantrópica que recebe recursos municipais, e atende à demanda da população. Mais de 20% do orçamento de Acari é destinado, segundo ele, à saúde.

O prefeito aponta, entretanto, que não teria condições de assumir o hospital. “Nós temos condições de fazer bem o atendimento básico de nossa população, mas o hospital recebe mais pacientes dos municípios vizinhos do que do nosso”, coloca. Além disso, aponta um problema que seria “cultural”: “As pessoas querem atendimento básico e já vão para o hospital.  Nos nossos postos, temos condições de atender”.

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