sábado, 28 de junho de 2014

‘Em Família’: Beijo entre Clara e Marina não rompe tabu, mas mostra que assunto passa a ser tratado com naturalidade


beijo Em Família: Beijo entre Clara e Marina não rompe tabu, mas mostra que assunto passa a ser tratado com naturalidade
Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Muller): enfim, o beijo
Em 1964, nos primórdios da TV brasileira, Vida Alves e Georgia Gomide trocaram, ao vivo, um beijo. Na época, as duas encenavam "Calúnia", teleteatro baseado no filme "Infâmia", com Audrey Hepburn e Shirley Mclaine. Décadas depois, em 2000, Aline Moraes e Paula Picarelli trocaram um frustrante selinho interpretando Romeu e Julieta em "Mulheres Apaixonadas". Em 2011, foi a vez de Luciana Vendramini e Gisele Tigre, em "Amor e Revolução", do SBT, trocarem um beijo caloroso e entrarem para a história como as primeiras atrizes a fazerem isso numa novela. Passado tanto tempo - e ocorrido o mesmo com Felix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) em "Amor à Vida" -, o assunto voltou à baila com o casal formado por Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Muller) em "Em Família". Depois da resistência de parte dos espectadores e certa relutância da emissora, finalmente as personagens darão um passo adiante na relação e se beijarão em frente às câmeras. A cena vai ao ar na segunda-feira (30).
Tão logo a foto acima foi divulgada, o furor tomou conta das redes sociais. Erroneamente, passou a ser encarado como mais um tabu quebrado. Como citado acima, a tal barreira ideológica já foi quebrada por outras pioneiras nos anos 60 e 2000, mas não se deve ignorar o que o gesto de carinho entre as duas mulheres do folhetim de Manoel Carlos aponta para um caminho claro para a TV brasileira. A partir de agora, o assunto deve passar a ser tratado com maior naturalidade. A função de Clara e Marina é banalizar - no melhor sentido da palavra - um gesto de carinho.
Já se provou que ele não causa choque ou rejeição ou que nenhum heterossexual de qualquer idade mude de orientação ao assistir um beijo. O gesto é comum para todos. E tudo indica que assim deve ser nas novelas futuras. Dentro de algum tempo, ele deixará as manchetes pelo "ineditismo". Não há beijo gay. Há um beijo como qualquer outro. E pronto. Casais trocam carinhos, não há razão para o choque. Nesse sentido, ponto para Manoel Carlos, que, mesmo com a novela com índices de audiência claudicantes e alguma rejeição ao casal, soube contornar a questão e fazer do limão uma limonada.
fonte do blog de fernando a verdade

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