O 'Fantástico' do último domingo, 27, apresentou uma pesquisa que diz que dois em cada dez jovens brasileiros nem estuda, nem trabalha. É a chamada "geração nem-nem". Eles representam 20% dos jovens brasileiros e, dentro desse grupo, 59% são mulheres com um ou mais filhos.
Mas qual a ligação disso com sexo? Pode não parecer muito claro, mas se para fazer um bebê é necessário que um homem e uma mulher façam sexo, por que é que apenas a mulher larga tudo para cuidar da criança e vê sua vida transformada?
Uma das meninas entrevistadas pelo programa explica o que aconteceu: “Eu vi que minha vida parou totalmente. Parou totalmente. Mas vou correr atrás”. Ser mãe não é fácil. Ser mãe jovem menos ainda. Ser mãe adolescente, pobre e solteira? Bem, não é exatamente o que estava nos planos de ninguém. Mas onde vão parar esses homens e por que eles sentem que está tudo bem em deixar a criança na conta da mãe?
A resposta é: a sociedade. Nossa sociedade acredita que a mulher deve se proteger. Ela tem que colocar uma bomba de hormônios dentro do corpo porque o homem não quer usar camisinha com medo de brochar. A mulher tem que se abster do sexo porque o homem pode, simplesmente, não assumir a paternidade e seu papel na criação do bebê. Isso, por algum instante, parece certo?
A explicação do fenômeno é simples: a menina engravida, a sociedade a julga e humilha diariamente, ela larga a escola. O bebê nasce, ela precisa cuidar dele. A família da menina ajuda, mas ela não consegue mais sair de casa até que o bebê cresça. Quando ele tem idade para ir para uma creche, a educação da menina está tão defasada que ela só consegue empregos que a explorem de maneira assustadora. Ela aceita. Os filhos dessa mulher não terão muitas chances no futuro e as possibilidades de se tornam um “nem-nem” são enormes.
Entre os “nem-nem”, a maioria dos jovens é pobre e não teve acesso a um ensino de qualidade, o que perpetua a desigualdade social que sempre foi sentida por essa pessoa. É como se o mundo dissesse que pobres sempre serão pobres e não há o que fazer. E o mundo, somos nós. Indiretamente, somos nós, ricos ou pobres, que estamos dizendo isso e minando possibilidades. Imagina se entre esses jovens está uma mente brilhante não desenvolvida? Alguém que encontraria, sei lá, a cura para o câncer? Mas essa pessoa nunca teve oportunidade de seguir em frente...
Educar nossos homens para que assumam seu papel na criação dos filhos é apenas um pequeno passo. Mostrar que as consequências da inconsequência são válidas para todo mundo, também. Não podemos aceitar uma geração de mulheres tendo seus sonhos despedaçados. A responsabilidade não é só delas, elas não fizeram nada sozinhas e não deveriam ter de arcar com o peso disso sozinhas.
A culpa não é das mulheres. Sim, elas quiseram transar, mas os planos terminavam aí. Quando tudo mudou, elas seguraram a onda e estão se virando como podem, buscando empregos informais e criando seus filhos. Onde há uma mãe solteira, sempre há um pai que fugiu da responsabilidade. Quem é o covarde nessa história?
Fonte: Yahoo.
fonte do blog de genilza pereira
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