Quem mora em Currais Novos, um dos maiores municípios da região Seridó potiguar, compreende a necessidade de racionar água, mas reclama quando o esquema do rodízio falha. As bombas podem quebrar ou outros imprevistos acontecerem, fazendo a espera pelo reabastecimento ainda mais longa. No bairro José Bezerra, que fica na parte mais alta da cidade, os moradores dizem que não têm água nas torneiras há duas semanas.
Enquanto aguardam, há gente que toma banho em bacias para não desperdiçar nada. Outros deixam as torneiras permanentemente abertas para aproveitar qualquer gota que escorra pelo encanamento.
A dona de casa Maria das Graças Araújo, de 61 anos, diz nunca ter passado por um período de falta d'água tão ruim. “Nunca sofremos tanto”, conta. “Tem que ficar pastorando, vigiando. A bica fica aberta o tempo todo. Se cair água, já vai para dentro do balde. Não podemos perder um minuto quando a água da Caern chega”, diz ela.
Na casa ao lado mora Marli Medeiros, de 58 anos. Ela conta que toma banho sobre uma bacia para aproveitar a pouca água que tem. “É assim todos os dias. A água que chega a gente guarda na caixa, em baldes, onde dá. Na hora de tomar banho, eu fico em pé em cima da bacia e deixo a água descer pelo corpo. O que cai na bacia uso novamente. No fim, a água já serve para dar descarga no banheiro e molhar as plantas”, explica.
G1-RN
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FONTE DO BLOG DE JATÃO VAQUERO
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