FOTO: Nicinha Porto
Os movimentos sociais e sindicais iniciaram nesta segunda-feira (5) a Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas. Em todo o País são mais de 12 mil pessoas mobilizadas, com ações em Brasília e em mais oito estados. A Jornada Unitária defende a retomada da democracia, a soberania territorial e alimentar e impedir qualquer retrocesso aos direitos conquistados pela classe trabalhadora.
Em Brasília, ainda na madrugada, cerca de 2 mil trabalhadores e trabalhadoras do campo, das águas e das florestas ocuparam o Ministério do Planejamento. Com as bandeiras em punho e com frases de ordem, as lideranças reforçaram os principais pontos da pauta de reivindicações, entre eles o desbloqueio da reforma agrária, contra a reforma da previdência, contra o retrocesso de direitos e das políticas públicas, contra a criminalização dos movimentos sociais, entre outros.
Durante a manhã foram realizadas assembleias, místicas, conversas e negociações. A expectativa é que uma comissão seja recebida ainda nesta segunda por representantes do governo ilegítimo para negociar os pontos da pauta de reivindicações. “Caso não haja negociação ou se não ficarmos satisfeitos com a resposta, continuaremos em luta, acampados e mobilizados por tempo indeterminado”, enfatizou o secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Xavier.
A Jornada é realizada por organizações do campo unitário, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), o Movimento Camponês Popular (MCP), coletivos, e comissões pastorais.
“Essa Jornada de Lutas Unitária demonstra a organicidade e união dos movimentos sociais e sindicais do campo diante de uma conjuntura de um governo ilegítimo, de um governo que já vem trazendo um retrocesso muito grande no ponto de vista das políticas públicas e dos direitos. Com os movimentos unidos, o nosso objetivo é conseguir mobilizar e conquistar avanços na reforma agrária e garantir nenhum retrocesso nos direitos da classe trabalhadora brasileira, em especial dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, destacou o dirigente da CONTAG.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi
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