terça-feira, 25 de outubro de 2016

TRANSPLANTE DE ÚTERO FORTALECE ESPERANÇA DE HOMENS QUE SONHAM ENGRAVIDAR; CIENTISTAS DIZEM QUE É POSSÍVEL



A partir de pesquisas realizadas na Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, cirurgias de transplante de útero já estão sendo realizadas em alguns países, inclusive no Brasil. O avanço científico que fortalece a esperança de homens que sonham engravidar.
Os úteros transplantados são retirados de mulheres já mortas, o que implica uma necessidade de cuidados extremamente especiais para que o órgão não seja rejeitado pelo organismo da paciente transplantada.
Por mais bem sucedida que seja a cirurgia, a gestação também é de altíssimo risco.
O processo para a realização do sonho de dar à é longo e implica em outros procedimentos pós-parto, como, por exemplo, a remoção do útero após a gestação, uma vez que o risco de complicações continuo.
No Brasil foi realizado o primeiro transplante de útero da América Latina. O fato aconteceu no Hospital das Clínicas de São Paulo, uma cirurgia que durou mais de 10hs (Veja AQUI).
Para os homens que sonhar engravidar, esta possibilidade não é descartada pelos especialistas.
“Seria uma enorme iniciativa cirúrgica e endócrina e envolveria não só a criação de uma vagina, mas também uma reconstrução cirúrgica de toda a pélvis por algum especialista em cirurgia transgênera”, explicou a doutora Rebecca Flyckt, ginecologista-obstetra e especialista em endocrinologia reprodutiva.
“Depois desse procedimento e do enxerto de um útero doado, seria necessário um complexo regime hormonal para suportar a gravidez antes e depois da transferência do embrião”, acrescentou Rebecca Flyckt.
No procedimento tradicional, a mulher só depende de esperma doado, uma vez que já tem seus próprios óvulos. Já para um homem engravidar, os embriões seriam criados usando esperma do próprio paciente e os óvulos de uma doadora, um procedimento contrário.
A Dr.ª Flyckt já antecipou que tal descoberta levantaria esse tipo de curiosidade. “Eu imaginei que haveria interesse nessa aplicação (…) pela comunidade transexual. Todavia, pelo menos na presente situação, nosso protocolo é limitado apenas a mulheres sem úteros funcionais.”


Fonte: G1
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