quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Ufersa Mossoró inaugura usina solar, intenção da reitoria é levar projeto a todos os campi, Angicos está incluso










Há dois meses em funcionamento, a Usina Solar Fotovoltaica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido foi inaugura na manhã desta terça-feira, 31, pelo reitor da Ufersa, professor José de Arimatea. A solenidade lotou o auditório da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. A inauguração, prestigiada pelos representantes da Fapern, Prefeitura de Mossoró, Cosern e Fundação Guimarães Duque, representa um passo importante da instituição rumo ao investimento em energia renovável e preservação ambiental. Na ocasião, o professor José de Arimatea anunciou que pretende expandir a iniciativa para os campi de Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros.

Apesar do pouco tempo de funcionamento, os professores e pesquisadores da instituição já constatam a viabilidade do projeto que resultou de um prêmio recebido pela Universidade no valor de R$ 1 milhão. Em 2015, a Ufersa conquistou a 2ª colocação no Prêmio Ideia, do Ministério da Educação, voltado para ideias inovadoras na economia de água e energia.

Instalada no Campus Leste, a Usina Solar da Ufersa é responsável pela produção de 7% da energia consumida na universidade, o que representa uma economia na conta de energia mensal de R$ 7 mil. “Ainda nesse ano pretendemos triplicar a produção de energia solar na Universidade”, afirmou o reitor José de Arimatea.

O professor adiantou que a Ufersa tem mais R$ 1 milhão de emendas de bancadas garantido para investir em energia renovável. “Quero agradecer o apoio dos parlamentares norte-rio-grandenses a este projeto que representa não apenas um grande benefício financeiro para a nossa instituição, bem como a preservação ambiental”, disse o reitor Arimatea.

Para a professora Diana Lunardi, que coordenou o Projeto da Usina Solar, o mérito para a conquista é de muitas pessoas, desde o reitor, passando pelos pró-reitores, professores, técnicos e os inúmeros estudantes que participaram do Prêmio Ideia, cadastrando sugestões inovadores e votando nas melhores propostas. Durante o processo, a Ufersa cadastrou 1.500 ideias, totalizando 730 participantes, conquistado a segunda colocação que resultou na premiação de R$ 1 milhão no Prêmio Ideia para a instalação da Usina Solar Fotovoltaica.

Segundo Júlio César Rodrigues de Sousa, administrador da Ufersa e um dos idealizadores da iniciativa, o projeto foi pensando com o intuito de ser expandido futuramente para os demais campi da Universidade. A questão da sustentabilidade e o envolvimento da pesquisa, do ensino e a extensão também foram princípios norteadores para a iniciativa, além da eficiência e a otimização na utilização dos recursos da instituição.

REALIDADE – No Brasil, a utilização da energia solar ainda é muito pouca utilizada representando apenas 00,2%. O dado foi apresentado pelo professor Ednardo Pereira da Rocha, do curso de Engenharia de Energia da Ufersa Mossoró. A maior produção é de energia hidrelétrica, com 65%; seguida pela termoelétrica, com 30% e, a energia solar com percentual de 3,5%. O Brasil possui atualmente 7.701 usinas solares, estando 152 no Rio Grande do Norte. Dessas, 110 estão instaladas em residências, 28 em prédios comerciais e 14 em instituições públicas.

Para o professor, a energia solar apresenta inúmeras vantagens, principalmente, relacionada a diminuição de perdas técnicas uma vez que a energia é produzida no mesmo local em que é consumida. O custo bem mais barato que o da energia comprada da concessionária é outro benefício relevante. O consumidor da energia solar também pode fazer a compensação pela energia hidráulica caso ele não faça uso da energia solar captada O professor Ednardo citou ainda a importância de diversificar a produção de energia no país.

O professor enalteceu ainda a importância da usina fotovoltaica solar na formação de novos profissionais. “É um verdadeiro laboratório de pesquisas para diversas disciplinas dos cursos de graduação e pós-graduação”, ressaltou, citando pesquisas relacionadas a qualidade de energia, fluxo de cargas, entre outros, além da parte de ensino e extensão”, pontuou.

Fonte: Assecom/Ufersa.

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