As ruas de Angicos foram tomadas por uma multidão que acompanhou o último adeus ao ‘Monsenhor Francisco das Chagas Pereira Pinto’, Mons. Pinto, ou padre Pinto, de 91 anos, sepultado na tarde desta segunda-feira, 22. O sacerdote administrou a Paróquia de São José dos Angicos, em Angicos e Fernando Pedroza, por 49 anos.
A Missa das exéquias foi presidida por sua excelência reverendíssima, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, concelebrada pelo arcebispo emérito, Dom Matias, além depadre Severino, padre Gilmar, padre Vicente e dezenas de padres do clero arquidiocesano.
Padre Severino, mesmo muito abatido, celebrou duas missas, em Fernando Pedroza, às 10 horas, e outra ao meio dia, em Angicos, o padre deu também as coordenadas para as demais solenidades e ritos funerais. Ao padre Severino, nossas condolências, nossos sentimentos, e ao mesmo tempo, nosso muito obrigado, por tudo que fizestes ao nosso Monsenhor Pinto, com tanto amor, carinho e dedicação.
Uma multidão se aglomerou, nos arredores da Igreja Matriz, no largo da Praça Jota da Penha, onde o corpo do Monsenhor Pinto estava sendo velado na Matriz de São José; De lá, o cortejo seguiu até o cemitério Parque da Saudade, onde segundo seu desejo, ele foi sepultado.
Durante o trajeto, milhares de fiéis da Igreja Católica, ou de outras denominações religiosas, além de admiradores do Monsenhor Pinto, seguiam os padres do clero da Arquidiocese de Natal que carregavam o caixão, logo mais atrás dois carros funerários tomados por inúmeras coroas de flores.
Uma multidão se aglomerou, nos arredores da Igreja Matriz, no largo da Praça Jota da Penha, onde o corpo do Monsenhor Pinto estava sendo velado na Matriz de São José; De lá, o cortejo seguiu até o cemitério Parque da Saudade, onde segundo seu desejo, ele foi sepultado.
Durante o trajeto, milhares de fiéis da Igreja Católica, ou de outras denominações religiosas, além de admiradores do Monsenhor Pinto, seguiam os padres do clero da Arquidiocese de Natal que carregavam o caixão, logo mais atrás dois carros funerários tomados por inúmeras coroas de flores.
As pessoas saíam de suas casas para se despedir, pela última vez, do religioso muito querido pela comunidade católica não somente de Angicos e Fernando Pedroza, bem como toda região sertão central do cabugi.
Momentos de silêncio. Momentos de oração. Cânticos com canções religiosas eram entoados. Lágrimas sem voz. Uma mistura de saudade e dor tomava conta dos que acompanharam as três missas celebradas durante o dia em homenagem ao ‘Patriarca do Sertão’.
O final de tarde desta segunda-feira parecia ir-se lentamente. O brilho do Sol tinha intensidade, porém era frio. Ao meio dia surgiu nos céus, precisamente fazendo um circulo na torre da Igreja, um arco, simbolizando a fé daquele homem que de fato era filho de Deus.
Digo a verdade: “Eu darei a ti as chaves do Reino dos céus; o que ligares na terra haverá sido ligado nos céus, e o que desligares na terra, haverá sido desligado nos céus”. (Mateus, 18,18). Ao final daquela tarde triste pela dor da separação, e ao mesmo tempo alegre, pois temos a certeza que ganhamos um intercessor no céu, ele foi sepultado sob silêncio e aplausos.
Falecimento
Monsenhor Pinto faleceu no início da tarde de domingo, 21, aos 91anos, na Casa Paroquial, onde residia a cerca de 60 anos, depois de sofrer um mal súbito.
Cronologia biográfica
Monsenhor Pinto nasceu em 26 de setembro de 1926, na Fazenda São Francisco, município de Gaspar Lopes, hoje município de Pedro Avelino. Filho de Francisco Horácio Pereira Pinto e Anna Amélia Pereira Pinto, batizado a 12 de dezembro de 1926, na Capela de Gaspar Lopes, pelo Padre Ulisses Maranhão, vigário de Angicos, tendo como padrinhos: Horácio Elpídio Pinto, seu avô paterno e Ana Clementina da Trindade, sua avó materna.
No ano de 1939 ingressou na Escola Particular da senhora Leonor Maciel do Amaral, no prédio da Escola Estadual José Rufino, em Angicos. E no ano seguinte frequentou a escola paroquial Santo Cura D’ars, também Angicos.
Em 1941, ingressou no Educandário Padre Félix, criada pelo Padre Manoel Tavares de Araújo, vindo a concluir o curso primário em 1944.
Já no ano de 1945, ele ingressou no Seminário de São Pedro, em Natal, onde fez o curso ginasial e científico, vindo a concluir no ano de 1949.
Em 1950, iniciou o curso de filosofia e teologia no Seminário Maior da Prainha, em Fortaleza, vindo a receber tonsura na capela do seminário, e as primeiras ordens menores e também as maiores, subdiaconato e diaconato.
Sua primeira celebração foi no município de Pedro Avelino no dia 12 de dezembro de 1955. Sua primeira nomeação para coadjutor foi para a Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz de Ianharé, em dezembro de 1955, permanecendo por um ano.
Posteriormente foi nomeado vigário da Paróquia Nossa Senhora das Graças e Santa Teresinha, em Tirol, na cidade de Natal, ficando até o mês de julho de 1959.
No mesmo ano, ou seja, em 1959, ele foi nomeado pároco de Angicos, pelo papa João XXIII, vindo a substituir o Padre Manoel Tavares de Araújo, que deixava Angicos para ser bispo da Diocese de Caicó.
Recebeu o título de Monsenhor no dia 19 de agosto de 2000, outorgado pelo Papa João Paulo II.
TORTURA
Em maio de 2003, um crime praticado contra o Monsenhor Pinto tomou grande repercussão no Estado.
Monsenhor Francisco das Chagas foi feito refém, teve a boca amordaçada, e acabou amarrado em uma cadeira com os fios do telefone. Em seguida, para dar a senha do cofre, ele teve a orelha decepada com uma faca de cozinha.
O padre apanhou muito e teve de ser socorrido para o Hospital São Lucas, em Natal, para se tratar da sessão de tortura.
TOCHA OLÍMPICA
Em julho de 2016, aos 90 anos, ele foi escolhido para conduzir a Tocha Olímpica, e no momento mostrou toda sua emoção.
Monsenhor Pinto falece neste domingo, 21 de janeiro de 2017, aos 91 anos, dos quais 62 anos de sacerdócio e destes, mais de 50 anos foram dedicados à paróquia de São José dos Angicos.
Um homem digno do reconhecimento de todos, principalmente dos servos de Deus, por ter sido uma pessoa que transmitia toda sua paixão e grandeza espiritual.
Ele estava com 91 anos, dos quais 62 anos de sacerdócio, sendo mais de 50 anos dedicados à paróquia de São José dos Angicos.
fonte do blog de tribuna do cabugi
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