terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Ato contra a reforma da Previdência Social marca início das atividades legislativas de 2018 no Congresso Nacional







FOTO: Verônica Tozzi



Nesta terça-feira (06), foram retomadas as atividades legislativas no ano de 2018 e a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social convocou os(as) parlamentares e representantes dos movimentos sindical e sociais para reafirmar a estratégia de denunciar o desmonte da Previdência Social e tentar barrar a votação da "reforma".

A CONTAG, centrais sindicais, várias organizações, deputados(as) e senadores(as) de vários partidos estiveram presentes para apoiar o trabalho da Frente Parlamentar Mista e defender os direitos da classe trabalhadora brasileira.

A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, reafirmou a luta da CONTAG, Federações e Sindicatos para barrar a votação da "reforma" da Previdência, de que os rurais não são os causadores do "déficit" no sistema previdenciário e convocou a todos e todas para se somarem às ações do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. "Não é verdade que os rurais estão fora da reforma da Previdência. Essa proposta prevê a exclusão de pelo menos 60% da agricultura familiar, além de comprometer de forma radical os assalariados e assalariadas rurais. No dia 8 de Março, nós, Margaridas de todo o País estaremos ocupando as ruas em uma demonstração de força e resistência na luta pela democracia e pelos nossos direitos", destacou Edjane.

O senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a CPI da Previdência, coordenou o ato e lembrou que o relatório da Comissão apontou que a Previdência é superavitária e não deficitária como divulga o governo. A CPI constatou que o superávit da Previdência, entre 2000 e 2015, foi de R$ 821 bilhões. Atualizado pela taxa Selic, esse valor seria hoje de R$ 2,1 trilhões.

A CPI também constatou que, nos últimos 20 anos, devido a desvios, sonegações e dívidas, deixaram de entrar nos cofres da Previdência mais de R$ 3 trilhões. Esse valor atualizado superaria R$ 6 trilhões.

No ato, todos e todas denunciaram a propaganda mentirosa do governo ilegítimo de Michel Temer que diz que os rurais estão fora da "reforma" da Previdência, de que há "rombo" no sistema previdenciário, e de que não existe idade mínima para se aposentar.

Na verdade, o governo tenta fazer uma "reforma" para retirar direitos e não para aperfeiçoar o sistema. O relatório da CPI identificou que o problema da Previdência é de gestão; arrecadação; fiscalização; sonegação; corrupção; desonerações; e desvinculações de receitas da União (DRU). O relatório identificou, ainda, que é preciso cobrar os grandes devedores; acabar com o Refis; acabar com a DRU; e acabar com a apropriação indébita. "Portanto, o dinheiro da Previdência tem que ficar na Previdência para beneficiar aqueles que contribuíram durante anos, ou seja, o povo trabalhador brasileiro, os aposentados e pensionistas", afirma o senador Paulo Paim.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

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