sexta-feira, 1 de junho de 2018

Plenária de mulheres no IV ENA: movimento, memória e força da agroecologia








É trazendo de suas regiões os rios da vida das mulheres na Agroecologia que, com muita música e força, a plenária das mulheres abre a programação do IV Encontro Nacional da Agroecologia (ENA).

Para as mulheres SEM FEMINISMO NÃO HÁ AGROECOLOGIA, pois a prática agroecológica tem sido um caminho coletivo de construção de uma filosofia de vida que, a partir de uma forma de pensar e fazer da agricultura, propõe relações justas, igualitárias e equilibradas entre as pessoas e o meio ambiente.

A mística de abertura, além de trazer seus rios de luta agroecológica, as mulheres lembram o crime contra o Rio Doce. Elas curaram as águas dos agrotóxicos, agronegócio e machismo. As mais de mil mulheres do campo, das florestas e das águas, também curam o país, defendendo a democracia, a liberdade de Lula, justiça para Marielle e muito, muito feminismo.

A secretária de Mulheres de Mulheres da CONTAG Mazé Morais, afirma que o IV ENA é momento de dialogar e refletir com a sociedade sobre o que queremos para o futuro da humanidade. Pois, se não pensarmos seriamente sobre o tema da preservação do recursos naturais, a existência da vida no planeta está comprometida.



Mazé ainda compartilha que diante da atual conjuntura posta no Brasil, defender a AGROECOLOGIA é "denunciar o golpe à DEMOCRACIA e aos nossos direitos. Portanto, o IV ENA tem o papel de anunciar qual projeto de sociedade que a gente quer", afirma a secretária de Mulheres da CONTAG, na Plenária das Mulheres.

Também participam do IV ENA, a secretárias da CONTAG de Meio Ambiente Rosmari Malheiros, de Jovens Mônica Buffon, e a coordenadora da Regional Sudeste Alaíde Bagetto.



Maria Emília, da coordenação da Articulação Nacional da Agroecologia (ANA), ressalta que, em uma sociedade tão movida pelos insumos fósseis, a agroecologia está construindo outras alternativas no país. “Nosso sistema alimentar depende fundamentalmente da agricultura familiar, camponesa e indígena com comida de verdade. Não há desabastecimento de quem está perto de quem produz”, disse.

Ela continua: “a agroecologia se faz com a construção de valores que significam a emancipação das mulheres, luta permanente contra o racismo e etnocídio. Estamos aqui, acima de tudo, pra dizer que as mulheres estão sempre na vanguarda, nas lideranças e na defesa dos bens comuns”.

Defesa das sementes

A defesa das sementes, da plantação sem veneno e defesa da responsabilidade urbana com a agroecologia apareceu em diversos momentos da plenária. “Nossa alimentação, na nossa roça, não tem agrotóxico. Precisamos de mais encontros como esse, e mais indígenas participando desses encontros”, trouxe a pajé Vanda, de Roraima.
fonte contag

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