sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Hospital Walfredo Gurgel vive uma de suas piores crises.

A dor e o sofrimento dos pacientes do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HWG), maior hospital público do RN, não se limita apenas aos corredores superlotados. Ontem, um paciente se recuperava de uma cirurgia no baço na porta do Centro Cirúrgico deitado numa maca cujo suporte para sua cabeça era a tampa de um tambor de lixo.

Médicos, pacientes e funcionários fizeram um protesto na porta do hospital. Fotos: Ana Amaral/DN/D.A Press
Absurdos como esse e muitos outros foram vistos durante uma visita realizada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremern), que convidou conselheiros dos Direitos Humanos no RN para conhecerem a realidade do Walfredo. O Rio Grande do Norte está em estado de calamidade há mais de 60 dias, e o plano emergencial lançado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) para conter o caos ainda não apresenta resultados visíveis, pelo menos para os pacientes da unidade. Revoltados, eles chegaram a ameaçam queimar colchões. Médicos e funcionários fizeram um protesto na frente do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.

Para onde se olha no Walfredo Gurgel é possível ver problemas, inúmeros, graves, proporcionais à superlotação. Macas de ambulâncias do Samu ficam retidas dentro do hospital com e sem pacientes. Algumas completamente sujas de sangue. Eletrocardiogramas são feitos no meio do corredor por falta de espaço. Pacientes aguardam uma cirurgia ortopédica há mais de um mês, sem nenhuma previsão de quando farão o procedimento.

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