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O preço da gasolina pode acumular alta de 5% até o final do ano. A previsão é do Banco Central (BC) e foi publicada no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta segunda-feira (30). O combustível já registra valorização de 2,15% no ano. Portanto, segundo as estimativas do BC, a gasolina ainda teria espaço para subir mais 2,85 pontos percentuais.
A gasolina é um dos produtos com preços administrados que têm apresentado alta menor que a de preços livres, segundo o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo.
Mas, de acordo com o diretor, é natural que adiante haja um estreitamento dessa distância entre os produtos com preços administrados e livres.
"Na medida em que os administrados passam a subir mais e os outros diminuem, isso não é um problema. Tem que olhar o conjunto como um todo. Estamos trabalhando para que a inflação como um todo venha abaixo", disse o diretor.
Araújo acrescentou que ainda há bastante trabalho a ser feito no combate à inflação. "A inflação está alta. Está desconfortável, como o próprio presidente [do BC, Alexandre] Tombini reconheceu. Mas isso é uma situação que pode evoluir para melhor, a depender das ações que forem tomadas ao longo do tempo", disse.
Com a alta da inflação, neste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio, julho e agosto.
Atualmente, a taxa está em 9% ao ano. A próxima reunião do Copom será nos dias 8 e 9 de outubro. A Selic é usada para influenciar a atividade econômica, e por consequência, a inflação.
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