quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Entraves no programa Minha Casa Minha Vida Rural são pauta de reunião entre movimentos sociais, Ministério das Cidades, Tesouro Nacional e bancos estatais


As respostas do governo federal não foram satisfatórias e a ocupação segue no Ministério das Cidades. A criação de uma Secretaria Nacional de Habitação Rural, a liberação imediata de recursos para pagamentos de 20 mil contratos do Programa Minha Casa Minha Vida Rural-2, o lançamento do PMCMVR-3 e a resolução de entraves burocráticos nas instituições bancárias: esses foram os principais pontos da pauta da reunião realizada na tarde de hoje (20) no Palácio do Planalto com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Tarcísio Godoy,  e representantes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

A reunião foi marcada depois de que trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam a sede do Ministério das Cidades a partir das 6h de hoje. CONTAG, MST, MCP, MPA e Fetraf estão unidos na luta pelo avanço das negociações sobre a habitação rural, pois os compromissos assumidos pelo governo federal com o tema da habitação rural não estão sendo apropriadamente cumpridos e milhares de trabalhadores e trabalhadoras aguardam a construção de suas casas no campo brasileiro.

O problema imediato é a falta de recursos para concluir as obras de habitações em andamento. O ministro Gilberto Kassab solicitou ao secretário executivo da Fazenda, Tarcísio Godoy, que avaliasse a disponibilidade dos recursos. Kassab afirmou ainda se reunirá novamente com os movimentos sociais em novembro deste ano, para acompanhar as demandas.

Diálogo com as instituições financeiras

Excesso de burocracia, desorganização e falta de padronização de procedimentos: essas são os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais junto à Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil para efetivar contratações para a construção de habitações rurais por meio do programa Minha Casa Minha Vida Rural.

Os representantes das instituições financeiras declararam que têm todo interesse em se reunir com os movimentos sociais para construírem juntos as soluções para os problemas apresentados. O Banco do Brasil, alvo das maiores críticas, propôs a criação de um Grupo de Trabalho para que os pontos sejam aprofundados. A Caixa Econômica apontou que já têm um Grupo de Trabalho e que os problemas já estão sendo trabalhados, mas que sempre há espaço para o diálogo e proposições.

Avaliação da CONTAG

Para o secretário de Política Agrícola da CONTAG, David Wylkerson, a reunião teve poucos resultados concretos, mas trouxe muitas expectativas na medida em que o ministro Kassab acenou com a possibilidade de contratação de 12 mil unidades habitacionais até o final do ano. Amanhã (21), os movimentos sociais se reunirão para qualificar a demanda antes de entregá-la ao governo.


FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

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