O nível dos reservatórios de água do Rio Grande do Norte registrou 22,3% de sua capacidade em novembro deste ano. No mesmo período em 2012, esse percentual chegava a 56,4% de água. De acordo com o deputado federal Felipe Maia (DEM), em discurso na tribuna da Câmara, a região Nordeste vive a pior crise de abastecimento dos últimos 50 anos e a falta de água reflete no aumento de preços dos alimentos na região.
“A capacidade dos reservatórios há muito preocupa. O Nordeste registrava 48,9% de água, em novembro de 2012, e agora não chega a 20%. Além disso, a estiagem prolongada também contribui para a inflação dos alimentos. A seca diminui a oferta de alimentos e os preços sobem. E esse aumento é sentido no bolso dos nordestinos e dos potiguares”, disse.
Por conta das safras menores, em Pernambuco, o preço das hortaliças registrou aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Centro de Abastecimento e Logística (CEASA) do Estado. No Rio Grande do Norte, a produção de frutas irrigadas caiu 25% em 2015 e a queda na produção de cana de açúcar foi de 30%. A seca também atingiu o pequeno agricultor e as culturas de subsistência. O algodão e a castanha de caju, por exemplo, tiveram queda de 60%.
“Os prejuízos provocados na agricultura em virtude da seca são estimados em R$ 4,7 bilhões. E o impacto também chega ao consumidor, que compra mais caro os produtos da cesta básica. A transposição do Rio São Francisco, grande promessa do governo do PT para amenizar o quadro, só tem seus custos aumentados e não sai do papel. Outra obra que poderia minimizar os efeitos da estiagem no RN, a Barragem de Oiticica teve recursos contingenciados pelo Governo Federal. Obras que trazem dignidade e vida à população não podem parar. Não pode haver corte orçamentário para obras hídricas. Faço essa cobrança, peço sensibilidade ao governo para dar celeridade a obras fundamentais para o país”, destacou Felipe Maia.
fonte do blog de angicos news
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