sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Instituto que aponta empate técnico no 2º turno no RN é alvo de ações judiciais



A pesquisa do Instituto Real Time Big Data para o segundo turno das eleições no Rio Grande do Norte, publicada nesta sexta-feira, 19, mostra empate técnico entre as candidaturas de Fátima Bezerra (PT) e Carlos Eduardo Alves (PDT). O resultado é bem diferente de duas outras amostragens divulgadas esta semana, que apontam larga vantagem para a candidata petista, que acumula cerca de 10% de diferença para o adversário.

Segundo a pesquisa Real Time Big Data, que foi divulgada pela TV Tropical – emissora ligada ao senador José Agripino (DEM), que apoia o nome de Carlos Eduardo Alves –, Fátima Bezerra aparece com 51% das intenções de votos e o pedetista, 49%. Levando em consideração a margem de erro, estimada em 3%, as duas candidaturas estão em empate técnico.

De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o levantamento ouviu 1,5 mil pessoas entre os dias 17 e 18 de outubro. A pesquisa foi registrada sob o número RN-00854/2018. A margem de erro da pesquisa é de 3% e o nível de confiança é de 95%.

De acordo com a Justiça Eleitoral, as entrevistas da Real Time Big Data foram feitas por telefone. Apenas 20% da amostra efetuada foi checada pelos supervisores. O método difere de dos levantamentos feitos esta semana no Rio Grande Norte. Os pesquisadores dos institutos Ibope e Seta realizam entrevistas nas vias públicas.

A pesquisa Ibope, publicada no dia 17, mostra que a Fátima Bezerra, atual senadora federal, tem 54% da preferência do eleitorado, considerando-se os votos válidos, contra 46% Carlos Eduardo, que é ex-prefeito de Natal. Já a Seta, que foi divulgada no mesmo dia, aponta que a candidata petista tem 56%, contra os 44% do postulante pedetista.

Em outros quatros Estados brasileiros, as pesquisas da Real Time Big Data foram questionadas judicialmente – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Paraíba. Os resultados apresentados, de acordo com as ações judiciais, apresentavam dados conflitantes.

Um dos casos mais notórios foi a amostragem feita na disputa para o governo do Mato Grosso. Em 15 de agosto, a Real Time Big Data apontava empate técnico entre os candidatos Mauro Mendes (DEM) e Pedro Taques (PSDB). O resultado era diferente de outras amostragens. Após ingressar na Justiça, pedindo para conferir a coleta de dados, o candidato democrata conseguiu a retirada da pesquisa, e o instituto ainda foi multado em R$ 10 mil. Em 7 de outubro, na eleição de primeiro turno, Mauro Mendes foi eleito 58,69% dos votos válidos.

Em Mato Grosso do Sul, a pesquisa Real Time Big Data do dia 26 de setembro colocava Reinaldo Azambuja (PSDB), candidato à reeleição, na liderança. Ele aparecia com 36% enquanto a soma das intenções de voto dos seus adversários chega a 35%. O levantamento insinuava para uma eleição em primeiro turno. A pesquisa foi questionada pelo candidato Juiz Odilon (PDT). Ele pedia o resultado da coleta de dados e também a suspensão da publicação da pesquisa.

A Justiça Eleitoral Sul-mato-grossense acatou o pedido. A pesquisa foi retirada dos meios de comunicação no dia 27 de setembro. Ao fim do primeiro turno, Reinaldo Azambuja ficou com 44,61%; Juiz Odilon, 31,62%. Com isso, a eleição será definida em segundo turno.

O último registro de ação judicial contra a Real Time Big Data aconteceu no dia 18 de setembro. A Justiça Eleitoral determinou que a empresa pagasse multa de R$ 10 mil, por divulgar pesquisa de opinião pública sem fornecer informações que comprovem sua transparência e veracidade. O levantamento feito pelo instituto apontava para um possível segundo turno nas eleições para o Governo da Paraíba. O líder no levantamento, João Azevedo (PSB), tinha 28%. Em segundo lugar, José Maranhão (MDB) tinha 22% e Lucélio Cartaxo (PV), 21%. Com o término da apuração, João Azevedo venceu em primeiro turno com 58,18%.

Portal Agora RN;

fonte do blog de angicos news

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